125 Anos do Jornal O Riomaiorense . Sessão Comemorativa (2)
ABERTURA DA SESSÃO: VICE-PRESIDENTE DA DIRECÇÃO DA EICEL1920 . ANTÓNIO MOREIRA
Boa tarde.
Cabe-me cumprimentar a Sra. Vereadora Ana Filomena, da Cultura, em representação da Sra. Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, e agradecer o apoio que nos deu para estas comemorações, desde logo a cedência das instalações e do material para a exposição dos números antigos do jornal o Riomaiorense.
Naturalmente, quero agradecer, penhoradamente, aos participantes na mesa redonda, riomaiorenses, população, estudiosos da comunicação social e profissionais da comunicação social. Com certeza que este é um momento que vai engrandecer esta cerimónia de comemoração dos 125 anos do Riomaiorense.
E, procurando não ser demasiado moroso, porque o dia é para ouvir as pessoas da mesa redonda, não posso deixar de agradecer a todos os ex-directores, nomeadamente ao Dr. Silvino Sequeira e ao Dr. Eduardo Casimiro, aqui presentes, e ao Director-adjunto Victor Pinto. Aos representantes, que eu gostava que estivessem aqui na frente, o Mauro Pulquério, em representação de Armando Pulquério, também Director, e ao antigo proprietário, ao Carlos Manuel, que foi um ícone da imprensa regional, e que continua a ser, agora sem papel, mas que nós gostaríamos de preservar e de manter para a história, e que com certeza será abordado na mesa redonda.
Portanto, reiterando os meus agradecimentos, é um prazer enorme, em nome da EICEL, ver esta sala cheia.
Gostaria aqui de apresentar os cumprimentos do Arquitecto Nuno Rocha, que está em Macau. E está de facto muito, muito envolvido nestas circunstâncias. Ele tem tido um trabalho excepcional na conservação do Riomaiorense e na preservação do património. É ele quem, do outro lado do mundo, dirige e executa todo o trabalho de edição do jornal. É também uma situação que nos apraz recordar. É que parece que quanto mais longe estamos da terra, mais fortes se tornam as raízes e maior é o apego a fazer esta recolha da história, que é o que ele tem feito. E, portanto, gostava naturalmente de em nome dele, cumprimentar e manifestar a nossa satisfação por esta sala plena de gente num sábado de Verão e de praia. Outros valores mais altos se levantam e as pessoas querem com certeza ouvir-vos.
ABERTURA DA SESSÃO: VEREADORA DA CULTURA DA CÂMARA MUNICIPAL DE RIO MAIOR . ANA FILOMENA FIGUEIREDO
Obrigada, caro amigo Professor Moreira, e cumprimento-vos a todos através do Vice-Presidente da Direcção da EICEL1920.
Em nome da Câmara Municipal de Rio Maior e da Sr.a Presidente Dr.a Isaura Morais, é um gosto estar convosco. É um gosto partilhar e colaborar com uma associação tão dinâmica. Mas não vos vou falar em nome da Câmara Municipal. Vou-vos falar em nome da Ana Filomena e Silva Antunes Figueiredo, residente nesta terra e riomaiorense.
Estou comovida! Estou comovida porque vejo uma sala cheia de riomaiorenses! Estou comovida porque ontem estive na tomada de posse dos novos órgãos da Associação Cultural e vi meia-dúzia de gatos pingados e me questionei: onde está a massa crítica desta terra? A massa crítica desta terra faz-se de vocês, faz-se de mim que sou uma nova geração, faz-se do Daniel (Pinto). Temos responsabilidades para com a nossa terra e com os nossos ascendentes.
Gosto de ver aqui a Ana Rato, a Dona Odete, o Dr. Eduardo Casimiro, e perdoem-me se não falo nos nomes todos. Claro que o Dr. Luís Laureano Santos, porque não nos esqueçamos que o pai dele foi um grande benemérito cultural para com a nossa terra. Nunca deixando a sua actividade profissional soube olhar para a população e proporcionar-lhe melhor qualidade de vida, e a qualidade de vida não era em bens materiais, mas no imaterial, que isso enriquece o homem e proporciona-lhe o alcance dos bens materiais. Esta casa tem o nome do pai dele. O pai dele também foi responsável pelo ensino secundário, a então Escola Comercial.
Muitos de vós aqui presentes, também os vossos ascendentes e vocês tiveram responsabilidades por Rio Maior, e tenho muita pena, e por isso falo em nome de Ana Filomena, que tem dois filhos e não tenho a certeza se a minha terra consegue receber os meus filhos no futuro. E é aqui que eles têm as suas raízes. Portanto apelo-vos e não entendam que isto é uma questão política, porque quem me conhece sabe que ponho a política de lado e olho para o que é certo. Tento não olhar com binóculos. Porque é importante que não olhemos para a realidade com binóculos, mas nós todos, por exemplo, o António Moreira, não é de Rio Maior. Vejam lá que até é de Viana do Castelo. Veio cá parar. Ele já tem mais anos de Rio Maior do que de Viana do Castelo. Somos amigos, opositores políticos, e acima de tudo somos compadres, vejam lá, sentamo-nos à mesma mesa. Respeitamo-nos politicamente e a evolução de uma terra, o crescimento de uma terra faz-se exactamente da pluralidade de pensamento. Deixo-vos com esta e acima de tudo gostava de partilhar convosco a alegria que eu sinto em olhar para esta casa e vê-la cheia de riomaiorenses e de descendentes de riomaiorenses que tiveram importância na nossa terra.
Não quero deixar de referir o Alberto Capitão, o Alberto Goucha Capitão, cuja família teve grande importância no concelho de Rio Maior. Não nos esqueçamos que a Dr.a Georgette Goucha foi Vereadora da Cultura de Rio Maior e também ela soube abraçar todos os partidos políticos e com ela todos trabalharam em prol da cultura em Rio Maior.
Um grande bem haja e a todos uma tarde muito profícua de trabalho, e que nós daqui saiamos mais coesos, com mais força para criar nos jovens uma sociedade com identidade.
Obrigada pelo vosso papel. E... a EICEL não tem que agradecer à Câmara Municipal, quem tem que agradecer é a Câmara Municipal à EICEL pelo papel que hoje está aqui a ter.
Muitos Parabéns!